Bolsonaro culpou os
meios de comunicação por espalharem, segundo ele, uma sensação de
"pavor". E disse que, se contrair o vírus, não pegará mais do que uma
"gripezinha".
"O vírus
chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que
continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser
preservado. Devemos sim voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades
estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a
proibição de transportes, o fechamento de comércios e o confinamento em massa.
O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima
dos 60 anos. Por que fechar escolas?", declarou.
Segundo o
presidente, "raros são os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos
de idade. 90% de nós não teremos qualquer manifestação caso se contamine.
Devemos sim é ter extrema preocupação em não transmitir o vírus para os outros,
em especial aos nosso queridos pais e avós, respeitando as orientações do
Ministério da Saúde".
"No meu caso
particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado com o vírus,
não precisaria me preocupar. Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de
uma gripezinha ou resfriadinho, como disse aquele famoso médico daquela famosa
televisão. Enquanto estou falando, o mundo busca um tratamento para a
doença."
Até a última
atualização desta reportagem, consultado, o Ministério da Saúde ainda não tinha
se manifestado sobre o pronunciamento do presidente.
Íntegra
Leia abaixo a
íntegra do pronunciamento:
Boa noite.
Desde quando resgatamos nosso
irmãos em Wuhan na China numa operação coordenada pelos ministérios da defesa e
Relações Exteriores surgiu para nós o sinal amarelo. Começamos a nos preparar
para enfrentar o coronavírus, pois sabíamos que mais cedo ou mais tarde ele
chegaria ao Brasil.
Nosso ministro da saúde
reuniu-se com quase todos os secretários de saúde dos estados para que o
planejamento estratégico de enfrentamento ao vírus fosse construído.
E desde então, o doutor
Henrique Mandetta vem desempenhando um excelente trabalho de esclarecimento e
preparação do SUS para o atendimento de possíveis vítimas.
Mas o que tínhamos que conter
naquele momento era o pânico, a histeria e, ao mesmo tempo, traçar a estratégia
para salvar vidas e evitar o desemprego em massa. Assim fizemos, contra tudo e
contra todos.
Grande parte dos meios de
comunicação foram na contramão. Espalharam exatamente a sensação de pavor,
tendo como carro chefe o anúncio do grande número de vítimas na Itália. Um país
com grande numero de idosos e com o clima totalmente diferente do nosso. O
cenário perfeito, potencializado pela mídia, para que uma verdadeira histeria
se espalhasse pelo nosso país.
Percebe-se que, de ontem para
hoje, parte da imprensa mudou seu editorial, pedem calma e tranquilidade. Isso
é muito bom. Parabéns, imprensa brasileira. É essencial que o bom senso e o
equilíbrio prevaleçam entre nós.
O vírus chegou, está sendo
enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar. Os
empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado.
Devemos sim voltar à normalidade.
Algumas poucas autoridades
estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a
proibição de transportes, o fechamento de comércios e o confinamento em massa.
O que se passa no mundo tem
mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos. Por que fechar
escolas? Raros são os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos de
idade. 90% de nós não teremos qualquer manifestação caso se contamine.
Devemos sim é ter extrema
preocupação em não transmitir o vírus para os outros, em especial aos nosso
queridos pais e avós, respeitando as orientações do Ministério da Saúde.
No meu caso particular, pelo
meu histórico de atleta, caso fosse contaminado com o vírus, não precisaria me
preocupar. Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou
resfriadinho, como disse aquele famoso médico daquela famosa televisão.
Enquanto estou falando, o mundo
busca um tratamento para a doença. O FDA americano e o hospital Albert
Einstein, em São Paulo, buscam a comprovação da eficácia da cloroquina no
tratamento do Covid-19. Nosso governo tem recebido notícias positivas sobre
esse remédio fabricado no Brasil e largamente utilizado no combate à malária,
ao lúpus e à artrite.
Acredito em Deus, que
capacitará cientistas e pesquisadores do Brasil e do mundo na cura dessa
doença. Aproveito para render minha homenagem a todos os profissionais de
saúde: médicos, enfermeiros técnicos e colaboradores que na linha de frente nos
recebem nos hospitais, nos tratam e nos confortam.
Sem pânico ou histeria, como
venho falando desde o princípio, venceremos o vírus e nos orgulharemos de viver
nesse novo Brasil que tem, sim, tudo para ser uma grande nação. Estamos juntos,
cada vez mais unidos.
Deus abençoe nossa pátria
querida.