Foto: João do Clone/Calmon Notícias |
02 de setembro de 2020 - A greve dos correios, iniciada em 17
de agosto de 2020, tem causado grandes transtornos, principalmente para quem
precisa do serviço de envio e recebimento de mercadorias.
Em Miguel Calmon, a agência está funcionando parcialmente, apenas
01 funcionário está atendendo no caixa.
O carteiro não está realizando o serviço de entregas.
Quem se arrisca em ser atendido, precisa pegar uma senha e
aguardar o atendimento, sem pressa.
Há relatos de pessoas que tiveram mercadorias encaminhadas de
Salvador para Miguel Calmon, há pelo menos 13 dias, mas nunca chegou ao
destino.
Os funcionários grevistas cobram direitos que, segundo eles,
foram adquiridos há anos, e o governo federal pretende “corta-los”.
Lutando contra a suspensão de pelo menos 70 cláusulas do acordo
coletivo firmado no ano passado, os funcionários dos Correios decretaram greve
nacional na noite do último dia 17. Entre os cortes estariam benefícios como
licença-maternidade extensiva, pagamento de 70% a mais da hora normal no caso
de hora extra, 30% do adicional de risco, auxílio creche e descontos relativos
a pagamentos que representariam uma redução equivalente a 4.800 reais por ano no bolso de cada
trabalhador.
Operadoras Logísticas privadas já estão de olho nessa
“abertura” de mercado, buscando renovação de frota e modernização dos
processos.
Vale ressaltar que, as compras via internet cresceram cerca
de 70% nos últimos meses por conta da Pandemia.
O Mercado Livre, por exemplo, já estava de olho nesse mercado
e abriu recentemente, um centro de Distribuição em Lauro de Freitas-BA, um
investimento de cerca de 90 milhões de reais, buscando trazer mais conforto e
comodidade para seus clientes.
De acordo com publicação feita pelo site Terra, a empresa já
adquiriu 60 carretas para distribuição de mercadorias em todo o Brasil. A
perspectiva é de mais 90, totalizando em 150 até o final do ano.
Benefícios
De acordo com matéria publicada no final do mês
de Julho, no site Veja.abril, “os
Correios têm quase 100 000 funcionários, 6 000 agências espalhadas pelo país e
um faturamento superior a 18 bilhões de reais, mas, nos últimos anos, enfrentam
uma crise financeira sem precedente. Se fosse uma empresa privada,
provavelmente teria fechado as portas, abatida por um prejuízo que ultrapassa
2,4 bilhões de reais. Seguindo os manuais ortodoxos de administração, a estatal
decidiu recentemente promover uma série de cortes de despesa. Um dos alvos da
tesoura é o pacote de benefícios dos empregados. Um exemplo: a lei garante ao
trabalhador o direito de receber um abono de férias correspondente a um terço
de seu salário. Os Correios pagam dois terços. Além disso, mesmo em férias, o
funcionário ainda recebe 1 000 reais de vale-alimentação. Outro exemplo: a licença-maternidade
na estatal é de até 180 dias — dois meses a mais que o previsto em lei. Há
ainda um auxílio-creche para crianças até 7 anos (que, nessa idade, em tese,
já não estariam mais na creche), um “vale-cultura” mensal e um inusitado
“vale-peru” anual, como é chamado o pagamento de um bônus natalino de 1 000
reais”.
Por João do Clone / Da redação Calmon Notícias