Calmonenses presos em São Paulo alegam inocência em participação de furto – confira


Dois jovens calmonenses, identificados por Paulo Vinícius Araújo de Carvalho e Pedro Victor Barbosa dos Reis, ambos com 23 anos, além de outros dois amigos, identificados por Vitor Matos Araújo Silva e Lucas de Souza Pereira, os dois com 20 anos, estão presos em um Centro de Detenção Provisória paulista sob a alegação de terem invadido uma residência portando arma e cometido um assalto. Eles negam que tenham cometido o crime.

 Segundo apurou o site “A Ponte, nenhum dos objetos levados da casa como; tênis, celulares, relógio e R$ 70 mil em dinheiro, foram encontrados com os jovens.

 Ainda segundo o site, testemunhas apontam que o quarteto estava em um bar na Avenida João Paulo Ablas, no Jardim do Engenho, em Cotia (Grande SP), no momento em que o crime era cometido, na noite de 27 de abril, e que apenas se ausentaram do local por cerca de 20 minutos, retornando na sequência.

 Foi durante o retorno ao bar, por volta das 23h30, que foram abordados por policiais militares em frente ao estabelecimento, localizado em um local rodeado de barracos de madeira, na altura do número 2.000 da avenida, próximo ao local onde moram e foram abordados.

 Segundo a versão do tenente Luiz Gustavo Zanardo, sua equipe patrulhava a região quando o rádio do carro policial reportou o roubo a uma residência no condomínio Jardim Passárgada D.

 De acordo com Zanardo, após receber a informação das características dos “criminosos”, “passou a patrulhar as possíveis rotas de fuga, que foi quando encontrou quatro indivíduos saindo do mato que fica nos fundos do condomínio”. O tenente sustenta que, durante a abordagem, encontrou uma arma de brinquedo no chão ao lado dos quatro homens. Ao PM, “os indivíduos falaram que estavam em um bar bebendo e nada fizerem”, diz trecho do depoimento do policial. A distância entre o local do roubo e o da abordagem é de três quilômetros.

 Na delegacia, uma das vítimas contou como o fato se deu. De acordo com V., 51, que é comerciante, ele “estava no seu quarto pronto pra dormir, mas escutou seu cachorro latindo muito, foi quando desceu as escadas, viu a empregada abrindo a porta para seu sobrinho, quando seis indivíduos entraram gritando pedindo joias e dinheiro.

 Temendo pela vida de sua mãe, que tem 86 anos, informou que tinha um cofre para que os criminosos pegassem os valores e saíssem logo de sua casa”. O homem ainda narrou que “quatro indivíduos subiram com ele para seu quarto, sendo que três entraram no quarto.

 Ao abrir o cofre, pegaram dinheiro e cheques e saíram em fuga, mas antes trancaram a porta da casa. Começou a gritar ‘ladrão, ladrão’, que fez com que a vizinha ligasse para a polícia”.

 Ao ser questionado, o homem reconheceu dois dos presos, além da arma de brinquedo que teria sido apreendida durante a prisão do quarteto em frente ao bar. O sobrinho do homem, que também estava na casa roubada, apontou que reconheceu os quatro amigos presos como os autores da invasão, bem como o simulacro de arma de fogo apreendido.

O boletim de ocorrência elaborado pelo delegado Filippe Willian Arco Verde Me não menciona quais foram os dois homens reconhecidos pelo comerciante, também não explica se o reconhecimento se deu conforme o artigo 226 do Código de Processo Penal, em que pessoas semelhantes fisicamente devem ser colocadas lado a lado. A Secretaria da Secretaria Pública ignorou o pedido da reportagem de entrevista com o delegado e também a pergunta sobre como se deu o reconhecimento.

 A versão do quarteto preso ao ir se divertir em um bar é bem diferente da dada pelo tenente Zanardo e pelas vítimas. Segundo Pedro Victor Barbosa dos Reis, ele “estava no bar bebendo durante todo dia, saiu para voltar ao barraco em que mora para tomar banho. Quando estava voltando para o bar foi abordado pela PM”, diz trecho do termo de depoimento.

Já Paulo Vinícius Araújo de Carvalho contou ao delegado que “estava no bar bebendo durante todo o dia. Saiu do bar e foi até o barraco onde mora o pai do Vitor e Pedro para pegar o casaco e voltar para o bar. Quando estava retornando foi abordado pela PM”.

 Por sua vez, Lucas de Souza Pereira narrou que, “por volta das 21 horas foi ao bar jogar sinuca e beber. Saiu do bar para pegar a namorada às 22 horas, foi até o bar pagar a sinuca e foi até o barraco de Vitor para chamá-lo para trabalhar. Saíram os quatro juntos e foram abordados pela PM”.

 Vitor Matos Araújo Silva explicou “que estava no bar desde as 21 horas com os amigos que também foram capturados. Quando foi abordado pela PM estava saindo do barraco onde seu pai mora”.

 A versão dos jovens também é corroborada com quem estava no bar entre a noite de 27 de abril e início da madrugada do dia seguinte. A Ponte esteve no local da prisão dos jovens na tarde de segunda-feira (17/5) e foi recebida pela proprietária do bar, a filha dela, e familiares de um dos homens detidos. Todos estavam no local no momento da abordagem e afirmam que seria impossível os jovens terem cometido o crime no condomínio, atravessarem a mata do parque Cemucam (Centro Municipal de Campismo), e ainda estarem limpos, já que o local é um “brejo”.

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Calmon Notícias, com informações  do site A PONTE

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