A suspeita foi presa por equipes da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), que recebeu denúncias de exploração sexual infanto-juvenil. No local a polícia não encontrou crianças ou adolescentes.
As mulheres que faziam os programas sexuais eram estimuladas a levar novas garotas para a casa de prostituição, no bairro do Itaigara. As informações foram reveladas pela delegada Simone Moitinho, responsável pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca).
"As pessoas que foram ouvidas disseram que eram estimuladas a trazer novas garotas para aquele local e que seriam premiadas, cada uma com R$ 50, por cada nova garota", disse a delegada.
Uma mulher que não foi identificada foi presa em flagrante no local. Segundo a polícia, ela negociava as vítimas de exploração sexual por meio das rifas.
"Durante as investigações chegamos a um card, onde no dia 1º de setembro haveria uma rifa, cujo sorteio correria pela loteria federal, e os prêmios seriam mulheres e bebidas alcoólicas", explicou Simone Moitinho.
Todo o esquema era divulgado em um perfil da casa de prostituição, em uma rede sociais. A polícia detalhou ainda que, além da exploração sexual, as mulheres eram “coisificadas” ao serem tratadas como objetos. Seis garotas de programa foram encontradas no local.
Os investigadores encontraram ainda R$ 32 mil, 100 euros e 277 dólares, além de folhas de cheque. Maquinetas de cartão de crédito, cadernos com anotações e documentos das mulheres também foram localizados, o que configura a prática exploração sexual.
A ação contou com o apoio do Núcleo de Inteligência (NI) do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), e as investigações seguirão para apurar se há exploração infanto-juvenil no local. A suspeita presa já passou por exames de lesões e está à disposição da Justiça.