De acordo com o defensor, a ação será protocolada na próxima semana, quando o Judiciário volta de recesso de final de ano.
A defesa de Fernandes Júnior, que é natural de Guiné-Bissau, na África, acredita que apenas o ressarcimento financeiro pode evitar novas práticas de racismo na loja.
"Somente uma indenização de alto valor poderá desestimular os autores de práticas reiteradas de racismo. O caráter educativo e punitivo tem que se fazer suficiente para evitar que tais práticas se repitam", disse o advogado ao g1.
Segundo Thobias, o valor precisa ser suficiente para "abalar economicamente uma empresa do porte da Zara", e assim evitar outros crimes de racismo.
O caso foi filmado por uma pessoa que passava no momento. Nas imagens é possível ver que o acusado abre a mochila, mostra cartões, documentos e diz que tem condições de comprar o que quiser na loja.
A assessoria do Shopping da Bahia informou que um segurança do empreendimento foi acionado por representantes da loja, solicitando que o cliente retornasse à loja. "Pedido que foi prontamente atendido pelo cliente, que apresentou as notas fiscais ao lojista", diz a nota.
O shopping, no entanto, ressalta que o segurança não poderia ter atendido tal solicitação, que fere o regulamento da empresa.
"A administração do Shopping da Bahia não compactua com qualquer ato discriminatório e incluirá as imagens deste fato nos treinamentos internos para evitar que se repitam", diz a nota.
Já a assessoria da Zara informou que "está apurando todas as informações relacionadas ao fato ocorrido na tarde desta terça-feira, no Shopping da Bahia, para tomar as providências necessárias e evitar que episódios como esse se repitam. A empresa rechaça qualquer forma de discriminação, tema que deve ser tratado com a máxima seriedade em todos os âmbitos."
Fonte: Correio24horas