Policiais do Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal soltou por engano uma cobra píton, espécie originária da Ásia, em uma área de mata na região do Gama. De acordo com informações do G1, o incidente aconteceu na última quarta-feira (6) e o animal foi confundido com uma jibóia.
A serpente tinha mais de 2 metros de comprimento e, segundo a polícia, apresentava estar saudável. O vídeo da soltura foi divulgado para a imprensa local.
O erro só foi notado após admiradores de cobras apontarem a situação nas redes sociais. A coorporação confirmou o ocorrido através de nota nesta sexta-feira (8).
"O Batalhão, juntamente com o Zoológico e demais órgãos ambientais, já está à procura da Píton", diz o disparado pela Polícia Militar do DF.
Ao G1, o biólogo Marco Freitas disse que, mesmo não sendo venenosa, a píton pode causar um desequilíbrio ambiental na área e matar outros animais por asfixia.
"Nos Estados Unidos, é um dos maiores problemas de introduções de especie exotica àquele país, causando diversas mortes de cães e inclusive acidentes com crianças. Isso acarreta um grande risco da espécie se adaptar e se tornar mais uma praga invasora no Brasil", afirma o biólogo.
Após a repercussão nas redes, um estudante de ciências biológicas na Universidade Federal de Goiás (UFG), Matheus Reis, responsável por um perfil especializado em répteis, alertou para o engano.
"A serpente em questão se trata de uma píton (Python bivittatus) serpente asiática com um potencial invasor enorme, totalmente prejudicial a nossa fauna", afirmou, justificando que a ação poderia ser evitada se houvesse um biólogo capacitado.
A PM relatou que a cobra encontrada era "extremamente calma, sendo indício de que era criada em cativeiro". Depois da soltura, a instituição argumentou "o Batalhão de Policiamento Ambiental realiza um trabalho de excelência o qual tem resultado em altos índices de produtividade".
"Com o apoio do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas) e contando, muitas vezes, com a boa vontade de clínicas privadas, o batalhão realiza o manejo desses animais na tentativa de salvar a todos de forma que voltem saudáveis ao seu habitat.
Fonte: Bahia Noticias
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