Para aplicar os golpes, fraudadores criavam farmácias fantasmas, que só existiam no papel, e simulavam a venda de medicamentos para quem nunca precisou. Como o governo paga 90% do valor do medicamento, esse dinheiro era desviado.
Conforme noticiou o portal Metrópoles, a denúncia foi apresentada pelo Fantástico, jornal de domingo da Globo. Só em Goiás, há suspeitas de que farmácias tenham desviado R$ 1,8 bilhão.
Os criminosos usavam CPFs de outras pessoas para fazer a compra de remédios pelo programa. A descoberta do esquema ocorreu após alguns cidadãos que tiveram os dados utilizados sem consentimento descobrirem por meio do aplicativo ConecteSUS, normalmente usado para acessar o comprovante de vacinação contra Covid-19, compras de medicamentos que nunca tomaram.
Ao entrar no aplicativo, os usuários eram informados que haviam retirado uma grande quantidade de remédios em farmácias que ficavam em outro estado, no qual o cidadão nunca esteve. Em um dos casos citados na reportagem, 800 unidades de um medicamento constavam no CPF de um homem. O problema é que ele não havia ficado doente ou pedido esses remédios.
Segundo relatou uma vítima ao Fantástico, ela não tinha nenhum problema de saúde, mas em seu CPF havia compras de remédios para pressão, por exemplo.
Assim, os vendedores podiam acessar o sistema, apresentar receitas médicas e outras documentações falsas, e realizar a compra dos medicamentos. O Ministério da Saúde, que não tinha conhecimento do esquema, caia no golpe e liberava o dinheiro.
Segundo a reportagem da TV Globo, a Polícia Federal investiga um caso em Goiânia que pode ter resultado no desvio de milhões de reais do governo federal.
Fonte: Bahia Notícias,