Conforme levantamento da reportagem, a cifra destinada ao artista é quase 10 vezes maior do que o Executivo pretende gastar em atividades artísticas e culturais no decorrer deste ano – exatos R$ 104.485,50. Ainda segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022, as obras para construção, reforma e ampliação de creches municipais têm somente R$ 72 mil reservados.
Logo, com as diligências em curso por meio da 2ª Promotoria de Tutela Coletiva do Núcleo de Magé, a intenção é apurar a possibilidade de “violação aos princípios da administração pública”.
O Estado de Minas teve acesso nesta segunda-feira (30/5) ao documento que deu origem ao inquérito civil, no qual é destacado que ultrapassa R$ 9 milhões o pregão realizado pelo Executivo “para contratação de empresa especializada em serviços de locação de estrutura metálicas e equipamentos, com montagem, manutenção e desmontagem, a fim de realizar diversos shows em comemoração ao 457º aniversário da cidade”.
Investigação em Roraima
Uma contratação feita pela prefeitura de São Luiz, município no Sul de Roraima, também gerou repercussão nas redes sociais nos últimos dias. A cidade, que tem cerca de oito mil habitantes e o segundo menor Produto Interno Bruto (PIB) do estado – R$ 147,6 milhões –, contratou o cantor Gusttavo Lima, por R$ 800 mil, para ser a atração principal da 24ª edição da vaquejada.
O Ministério Público investiga a origem dos recursos.
Possibilidade de investigação pelo MP em Minas
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou um procedimento, intitulado Notícia de Fato, para apurar os contratos firmados pela Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, na Região Central de Minas, com cantores sertanejos que se apresentarão no município entre os dias 17 e 23 de junho.
Posicionamento da Prefeitura de Magé
“O município entregou todas as informações solicitadas pelo Ministério Público sobre todos os shows que serão realizados nas comemorações do aniversário de 457 anos de Magé, em que constam também os valores de mercado praticados pelos artistas, temos plena convicção que não há nada de errado no trâmite processual para as contratações.
Fonte: Correio Brasiliense
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