O proprietário da fazenda, ainda não identificado, foi preso em flagrante, após a situação ser constatada pelos policiais rodoviários, auditores do trabalho e um promotor do trabalho. Aos agentes, os trabalhadores descreveram as condições que viviam, após serem atraídos como a promessa de trabalho, via anúncio na internet.
A proposta, segundo eles, era de trabalho em uma fazenda com carteira assinada e alimentação. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Bahia, os trabalhadores contaram que chegaram na fazenda em julho e foram recepcionados pelo proprietário do imóvel rural. O homem teria os alojados em uma edificação precária e sem condições mínimas de higiene e saúde.
Conforme relato dos dois, eles dormiam no chão sem, ao menos, um colchão, o espaço era sujo, com presença de ratos e baratas. Além disso, não havia local para preparar as refeições, e a única alimentação servida eram produtos vencidos (iogurte, linguiça, bacon) que também eram fornecidos aos animais da fazenda. Eles disseram ainda que eram obrigados a pagar pela alimentação.
Eles não tinham jornada de trabalho definida, sem horário para iniciar e terminar o serviço. As folgas eram de 15 em 15 dias. Os dois funcionários disseram ainda que eram humilhados e recebiam ameaças verbais.
Preso, o proprietário do imóvel rural foi encaminhado para a Polícia Federal, em Salvador. Em Julho, a Operação Resgate II, feito em todo país, retirou 337 trabalhadores da condição de trabalho análogo ao de escravo no Brasil. As ações ocorreram em 22 estados e também no Distrito Federal.
Fonte: Bahia Notícias,