A jovem pernambucana esteve em Brasília esta semana para trazer demandas do município. Entre as reuniões das quais participou, em suas redes sociais Rannya destaca a conversa com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. “Vamos juntos e juntas acompanhar e participar da construção do Plano Plurianual (PPA) por um país mais justo”, disse a vereadora no encontro.
Segundo Rannya, a Frente Jovem Parlamentar surgiu por uma falta de espaço para jovens parlamentares e pela dificuldade de encontrarem seus espaços dentro de seus próprios municípios. Apesar de ter sido eleita com 832 votos no município que tinha, na época, 27 mil habitantes e ter sido a segunda vereadora mais votada da cidade, a jovem enfrentou resistência ao compartilhar o espaço com outros 10 parlamentares — a maioria, veteranos da política.
“Outros jovens parlamentares também sentiram uma resistência para a aprovação de suas pautas, para o diálogo construído com as prefeituras, sejam de oposição ou situação”, relembra. Com esse desafio em comum, o grupo, que iniciou com seis vereadores, começou a se reunir. “Nos encontrávamos e dividimos as pautas. Por exemplo, eu apresento um projeto na minha cidade e ele condiz com a realidade de Pesqueira, que é uma cidade-irmã. Funciona. Nós vamos apresentar nas duas câmaras”, exemplifica.
Algumas ideias saíram do papel. Um exemplo citado pela vereadora foram os cursos gratuitos do Enem para os jovens de cada cidade que estava na Frente, assim como uma parceria que rendeu às cidades cursos profissionalizantes para a população, em 2021. Tudo isso foi possível graças à vontade em driblar as amarras do sistema e preconceitos que porventura existiam.
“Em regra, se já é difícil termos audiências com os prefeitos de nossas cidades, sejamos nós oposição ou situação, o quão difícil é sentar com um secretário de Estado, governador? Ter uma reunião conjunta com deputados federais e estaduais? Com ministros e ministras? Com a Frente Jovem Parlamentar nós conseguimos largar na frente construindo pontes para que essas reuniões existam, porque na prática está se ouvindo o povo, se ouvindo as classes representadas por eles”, destaca. “A gente tanto fala que o Congresso está distante do povo. Mas o povo não está distante da política porque, em regra, a gente tem a maior rede de soldados políticos do Brasil, que são os vereadores”, defende.
Por Correio Braziliense