15 de outubro, celebramos o aniversário do maior calmonense de todos: Euclides de Carvalho Rios.


Por Ramillis Nascimento

Hoje, 15 de outubro, celebramos o aniversário do maior calmonense de todos: Euclides de Carvalho Rios.

Infelizmente, sua genialidade poética e sua destreza sociológica são frequentemente esquecidas, ignoradas ou minimizadas. "Veredas de Canabrava", como afirmou José Júlio Guimarães Lima, Escritor da Academia Brasileira de Letras que prefaciou a obra de Euclides, "(...) na sua essência, retrata a pureza dos nossos lares modestos, do interior, na constituição da prole numerosa".

Mas, Veredas de Canabrava vai além disso. Relata a estrutura histórica de todo o povo do interior, a identidade ética e moral construída a partir da caridade, do serviço e da humildade. 

Neste livro, não encontramos apenas as memórias de uma criança que viveu em sua cidadezinha do interior. Lá estão as raízes da ideia da sociedade baiana (e brasileira), mostrando como uma comunidade deve crescer e como os valores fundamentais de uma história de amor e entrega (a história de Cristo) afetaram drasticamente um pequeno local 1900 anos depois!

Infelizmente, "Veredas de Canabrava" é ignorado nas aulas de história, apesar de ser um relato histórico crucial sobre o interior de importância regional, incluindo Miguel Calmon, Jacobina, Morro do Chapéu, Bonfim e Juazeiro em suas crônicas. 

Em sua cidade natal, é visto apenas como "um conjunto de crônicas sobre Miguel Calmon". Isso é verdade, mas também demonstra um reducionismo enorme, uma incapacidade de perceber a grandeza do poeta e sociólogo que foi Euclides.

Esta obra é de fundamental importância para aqueles que desejam entender a origem de nossos valores do interior, a constituição do ideal de nossas famílias. E não é apenas para aqueles que desejam entender, mas, também para aqueles que desejam retomar e reestruturar os valores sociais, culturais e familiares - que foram sufocados pela globalização. 

Não há obra mais sutil e perspicaz que esta. As memórias de Euclides mostram como éramos socialmente organizados e todos os valores que as comunidades interioranas podem se esforçar para se reestabelecer.

Nesta história perdida, ignorada e desconectada pelo próprio povo calmonense (e pelas cidades do interior) está o segredo para retornar "a boa vida do interior".

Parabéns Euclides!


Por Ramilis Nascimento

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