Uma pessoa que de todas as formas, tenta encontrar um sentido para a vida à parte de Deus, luta o tempo todo contra a frustração do vazio que é a vida sem Deus, pois ao tentar se convencer que ela pode ser plena em si mesma, isto é, nos seus conceitos, interesses e desejos pessoais, encontra a realidade cravada em seus olhos que explode em paradoxo, dor, beleza e mistério, os quais trabalham permanentemente no interior deste indivíduo, desmontando o castelo de ilusões erguido no epicentro de sua rebeldia.
Tais mistérios e paradoxos sem respostas aferíveis e mensuráveis, junto às sensacões e intuições da alma, apontam para a irremediável realidade da existência da Suprema Grandeza e Beleza do Poder Vivificador, de cujas águas vivas nunca o moribundo transeunte bebeu, de cujo pão que desceu do céu jamais se alimentou.
Eis a fome mais cruel, a sede mais devastadora; e a ignorância quanto a este estado de coisas, a pior de todas as misérias humanas, visto que leva o cego miserável a acreditar na ilusão de que pode matar esta sede bebendo as águas fétidas de qualquer esgoto e de que pode saciar esta fome de sentido, alimentando-se do vômito de qualquer bêbado falastrão.
Miserável homem sem Deus! Somente a poderosa lâmpada do Espírito poderá iluminar o teu caminho e libertar-te da escuridão da ignorância quanto às razões de tua miséria. Amém.
Gil Guimarães, 17/11/2020.
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