Estádio José Rocha é interditado e dirigentes do Jacobinense são suspensos após briga na Série B do Baiano

O Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia (TJD-BA) divulgou, na tarde desta quarta-feira, a interdição imediata do Estádio José Rocha, casa do Jacobinense, em Jacobina. A decisão acontece após a briga durante o intervalo do jogo entre Jacobinense e Juazeiro, no último fim de semana, em encontro válido pela semifinal da Série B do Campeonato Baiano 

Além da interdição do estádio, o TJD-BA também puniu Marcos Manassés e Felipe Manassés, filho do mandatário do time de Jacobina. Os dois receberam uma suspensão preventiva pelo período de 30 dias.


- O pedido de suspensão preventiva foi formulado contra MARCOS ANTONIO NOVAES - Presidente do Jacobinense E. C. (Pituaçu) e FELIPE MAGALHAES NOVAES - Diretor do Jacobinense E. C. (Pituaçu), cumulando requerimento de imediata interdição do Estádio José Rocha - traz trecho do documento divulgado pelo TDJ-BA.

- As medidas cautelares requeridas salientam a necessidade de imediata resposta e repreensão às atitudes hostis e às agressões efetivadas aos Diretores do Juazeiro Social Clube, consoante os fatos extraídos da Súmula e Vídeos, inclusive tendo sido juntado boletim de ocorrência policial registrado na 1ª Delegacia Territorial de – Jacobina/BA (fls. 23 a 27), bem como na falta de segurança para realização de jogos no Estádio - completa a nota.

Finalista da Série B do Campeonato Baiano, o Jacobinense vai ser mandante no jogo de volta da decisão contra o Itabuna, marcado para o dia 6 de agosto. Sem o Estádio José Rocha, a equipe vai precisar encontrar um novo palco para decidir o título estadual.

A partida de ida será neste domingo, no Estádio Pedro Caetano, em Ipiaú.


As versões da briga

Em contato com o ge, Ney Alves disse que foi agredido no rosto. O irmão de Daniel Alves falou que registrou um boletim de ocorrência na delegacia de Jacobina, contra Marcos Manassés.

- Estou numa delegacia registrando o boletim de ocorrência. O presidente do Jacobinense é um mau-caráter. Coloquei ele no ar condicionado em Juazeiro, no primeiro jogo. E fez isso hoje. O problema começou quando terminou o primeiro tempo do jogo. Eles começaram a molhar somente o gol onde nosso goleiro iria atuar no segundo tempo. Daí fomos reivindicar e sofremos todas essas agressões. [Fui atingido] No rosto, por um dos gandulas. Após a confusão, os policiais nos levaram para um outro lado. E, no final, ainda jogaram [torcedores] pedras onde estávamos - contou.


Já Marcos Manassés relatou que levou um tapa e descreveu a confusão como "antijogo".

- Não era motivo para se ter confusão, foi ligado à irrigação do gramado, e o presidente e a diretoria do Juazeiro queriam tumultuar, porque isso favorecia ao Juazeiro, confusão, antijogo, jogo difícil. Eu estava, inclusive, com a Polícia Militar, tentando acalmar os ânimos. E não sei quem foi o abençoado que fez isso, mas me deu um tapa. Não é correto o que eu fiz, não é certo. Mas aconteceu. Pequena confusão, que já foi acalmada, resolvida. Situação difícil e constrangedora até para eu responder - disse.

Questionado sobre o boletim de ocorrência aberto por Ney Alves, Manassés afirmou:


- Se ele [Ney Alves] acha que esse tipo de atitude [boletim de ocorrência] e situação vai deixá-lo satisfeito, que faça, não tem problema algum.


Felipe Manassés, filho do presidente do Jacobinense, também esteve na confusão. Por telefone, ele falou que tudo começou quando dirigentes do time adversário tentaram invadir o campo.


- Jogo como esse, a gente sabe que o emocional fica à flor da pele. Eles [direção do Juazeiro] se incomodaram com a irrigação, que foi ligada durante o intervalo do jogo, campo seco. Foi aí que tudo começou. Desceram em dez pessoas, eu estava sozinho na hora, e começaram a falar que a irrigação foi para favorecer o Jacobinense. Eles desceram da área reservada, do camarote, e tentaram entrar no campo, falando que estava errado, alterados, xingando muito. Eu estava sozinho e comecei a pedir calma, explicando que o procedimento é normal e acontece em todo jogo. Ele [Ney] continuou super alterado e aí começou o empurra, empurra. Eu e o Ney somos amigos. Mandei mensagem pra ele aqui, mas ainda não respondeu. Eles sabem que foram eles que começaram a confusão. Desceram umas dez pessoas. Mas vai ser tudo resolvido.

A Polícia Militar da Bahia informou, por meio de informações da 24ª CIPM - Jacobina, que policiais militares precisaram intervir em uma confusão generalizada envolvendo dirigentes das duas agremiações. Após atuação dos militares, os dois grupos foram isolados um do outro, e a confusão foi encerrada. (G1).

Ao ser procurada pela reportagem, a Federação Baiana de Futebol (FBF) disse que não vai se pronunciar e que o caso será encaminhado ao Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol da Bahia (TJD-BA).  (G1)


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