Jean
Charles, que tem 44 anos, foi o vereador mais votado da cidade em 2020. Ainda
não há informação sobre se o político será afastado do cargo. Em 2018, Jean Charles foi preso em flagrante por porte
ilegal de arma de fogo - estava com uma arma
ponto 40 de uso restrito da polícia no carro. Na época, o vereador justificou a
posse do armamento em virtude das ameaças que vinha sofrendo por causa da
proximidade do júri dos asssassinos do seu irmão.
"Durante esses 40 dias de investigação, conseguimos
reunir elementos que fundamentaram pedidos de prisões e buscas. Levantamos as
informações e identificamos desavenças entre os acusados e a vítima como
possível motivação para o crime. As oitivas com os custodiados e a perícia nos
materiais apreendidos serão fundamentais para a elucidação do caso",
explicou o diretor adjunto do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP), delegado Oscar Vieira.
A
motivação para as rixas que levaram ao crime não foi divulgada pela polícia até
agora. Na época, bolsonaristas disseram que Marcello estava com uma camisa de
presidente e que haveria teor político no homicídio (veja mais abaixo).
Foram apreendidos
com os suspeitos três pistolas, celulares, documentos e computadores, além de
peças de motocicletas. Todo o material será encaminhado para a sede do DHPP, em
Salvador, e depois seguirá para o Departamento de Polícia Técnica.
Participam da megaoperação intitulada
“Petúnia” o DHPP, policiais da Coordenação de Operações Especiais (COE), do
Departamento de Inteligência da Polícia Civil (DIP) e do Departamento de
Polícia do Interior (Depin), além da Superintendência de Inteligência da
Secretaria da Segurança Pública (SI/SSP), do Departamento de Polícia Técnica
(DPT), do Ministério Público (MPBA), da Corregedoria da Polícia Militar e do
Grupamento Aéreo (Graer) da PM.
Segundo testemunhas, ele usava uma camisa com uma estampa
do presidente Jair Bolsonaro. O caso gerou repercussão entre os apoiadores
do presidente. A pré-candidata a deputada federal pelo Republicanos, a deputada
estadual Talita Oliveira apresentou, nesta terça-feira (26), uma Moção de Pesar
na Assembleia Legislativa da Bahia pelo assassinato do bolsonarista.
“Dia
triste para Ibotirama. Marcello não tinha nenhum tipo de envolvimento com
práticas criminais, sendo assim, não existem outros motivos aparentes para uma
execução em praça pública a não ser divergência política”, continua Talita.
O
pré-candidato a deputado federal André Porciuncula postou um vídeo sobre o
crime e cobrou uma posição do governo.