Além de radialista, Marciel é fotógrafo e triatleta. Ele tem o costume de sair para caminhar e correr nos arredores da cidade aos sábados. No primeiro sábado de agosto, ele foi apenas com uma amiga realizar a atividade e passaram por um trecho em obras na rodovia CE-153, onde resolveram parar para tirar fotos.
"Eu subi para as pedras para fazer registros lá, porque como é um espaço aberto, o céu tava bacana. Tem muitas pedras grandes para fazer aquelas fotos, como de costume eu sempre faço", explica o comunicador.
Neste momento, a amiga de Marciel ficou um pouco afastada, enquanto ele subiu nas pedras para tirar as fotos e utilizou a função temporizador do celular. O fotógrafo, então, programava a foto e corria para as pedras a tempo de sair na imagem.
Nos primeiros registros, tudo ocorreu bem - até que Marciel subiu em uma pedra maior. “Nesse momento que subi na lateral da pedra, eu vi que pisei numa pedra que tava sustentando ela [a maior], foi aí o momento em que a pedra veio. Tentei segurar, mas não consegui, foi aí onde realmente a pedra caiu sobre mim”, relembra.
“No momento que a pedra caiu, eu gritei um grito de desespero pra minha amiga. Aí ela veio até mim, ficou desesperada naquele momento, posteriormente eu disse 'volta para a estrada e pede socorro a quem tiver passando por lá'”, conta.
A terra no local onde estavam as pedras havia sido remexida no dia anteriormente por conta das obras e as pedras ao redor também amorteceram o impacto do pedregulho, o que permitiu ao corpo do radialista evitar um cenário pior.
“Quando a pedra caiu, tava pesando demais. E eu pedi que agilizasse a retirada por conta que você tem ali sete, oito minutos, três toneladas em cima de você, você vai perdendo o quê? Movimento. A pressão sanguínea fica presa, tava sentindo um pouco dormente”, afirma.
Marciel e a amiga conseguiram acionar o SAMU e também conseguiram a ajuda de pessoas que estavam na região. Os ajudantes sugeriram escavar em torno de Marciel para tentar tirá-lo debaixo da pedra. “Eles tiraram parte da terra debaixo das pedras, foi onde eu consegui tirar uma perna, depois a outra. Quando o Samu chegou, eu já estava saindo da pedra”, explica.
No hospital, o fotógrafo soube que não havia sofrido nenhum ferimento grave, apenas escoriações. Ele foi medicado e liberado no mesmo dia. Por conta do inchaço e das dores, na primeira semana após o acidente o radialista interrompeu as atividades físicas. Na segunda semana, ele retomou alguns exercícios e, no fim de agosto, já voltou a participar de corridas.
"Serviu de alerta para não caminhar sozinho e ao mesmo tempo não se arriscar", disse.
Por G1
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